Agora, nas condecorações, não se importa de dizer ao que veio. Apressa a de Durão Barroso, um mau presidente da Comissão Europeia, mas a si e ao seu partido ligado, e a que muitos por cá foram levados a apoiar com o argumento nacionalista de ser português. E continua a deixar para trás o ex-primeiro-ministro Sócrates, ignorando a tradição portuguesa de se condecorarem sempre os ex-primeiros-ministros.
Poderá pensar que a impopularidade de Sócrates o ajuda. Mas não o ajuda nada, só ao outro, transformá-lo em vítima de politiquice mal calculada.
E forçar elogios à presidência europeia de Barroso, só pode pretender fazer esquecer que ele foi para lá escolhido, depois de sofrer a maior derrota de sempre do seu partido numas eleições europeias: uma escolha portanto que subverte todos os princípios democráticos, num momento em que o sistema é contestado um pouco por toda a Europa. Pretenderá ser mais uma atitude anti-sistema?