Robert O'Neill, de 38 anos, afirmou na quinta-feira ao diário Washington Post ter matado, com um tiro na cabeça, Bin Laden a 02 de Maio de 2011 durante um ataque dos SEAL ao seu esconderijo em Abbottabad, no Paquistão.
Os 'jihadistas' começaram logo a lançar ameaças de morte contra O'Neill, revelou o SITE, organização que vigia os 'sites' na Internet e os media utilizados pelos 'jihadistas'.
Fotografias daquele comando dos SEAL acompanhadas de mensagens em árabe e em inglês apelando a "lobos solitários" para vingarem a morte do líder da Al-Qaida foram divulgadas na rede social de mensagens curtas Twitter e no foro dos 'jihadistas' al-Minbar, indicou o SITE.
"Enviaremos aos lobos solitários na América a fotografia deste Robert O'Neill que matou o xeque Usama bin Laden", refere uma das mensagens em árabe, enquanto outra declara nas duas línguas: "Para vocês, caros muçulmanos nos Estados Unidos da América, eis a oportunidade de entrarem no Paraíso".
O antigo soldado daquelas forças especiais disse ao jornal ter decidido revelar o seu nome após uma fuga orquestrada pelo SOFREP, um 'site' de antigos SEAL.
Esta fuga de informação já era uma resposta de protesto à prevista difusão na Fox News, a 11 e 12 de Novembro, do documentário "The Man Who Killed Osama Bin Laden" (O homem que matou Usama bin Laden), em que é revelada a identidade daquele comando.
Os 'Navy SEAL' mantêm normalmente o mais estrito sigilo em relação às suas missões e o chefe destas forças especiais, o contra-almirante Brian Losey, fez no início da semana um severo aviso aos que violam a sua tradição de segredo.
"Uma regra essencial do nosso Código de Conduta é 'Não divulgo a natureza da minha atividade e não procuro reconhecimento pelas minhas acções'", lembrou Losey numa carta, também assinada pelo seu "número dois", o Force Master Chief Michael Magaraci.
Quando participou na designada "Operação Lança de Neptuno", para capturar Bin Laden, O'Neill já tinha 15 anos de experiência com os SEAL. Também fez parte do grupo enviado para resgatar um navio tomado por piratas somalis, que deu origem ao filme com Tom Hanks "Capitão Phillips", de 2013.
Lusa/SOL