Por sua vez, a população deve ter sentido algum orgulho com a suposta critica de Merkel. Pretenderá ela, talvez, uns imigrantes portugueses analfabetos e escravizáveis, para dar mais largueza de vida ao povo alemão. E saem-lhe licenciados relativamente cultos, prontos a subverter o que ainda resta de analfabetismo alemão. Porque os licenciados em engenharias e tecnologias, ao que consta, continuam a arranjar empregos na Alemanha.
De resto, segundo estatísticos europeu, em 2013, 25,3% da população da União Europeia entre os 15 e os 64 anos tinha completado estudos superiores; enquanto a percentagem portuguesa era de 17,6%, a alemã de 25,1%. À cabeça encontrava-se a Irlanda, com 36,3%, e o Reino Unido, 35,7%, estando a Roménia (13,9%) e a Itália (14,4%) em últimos.
Poderão faltar trabalhadores qualificados em Portugal, mas a todos os níveis, incluindo o universitário. Pelos vistos na Alemanha também, mas quer recrutar fora os menos qualificados
Não por acaso, o antigo chanceler democrata-cristão Helmut Kohl, último grande dirigente alemão e europeu, que comandou a reunificação da Alemanha, ‘descobriu’ do lado de lá comunista uma rapariga desengraçada que resolveu fazer sua ‘pupila’: Angela Merkel. Diz ele agora, num livro de memórias que acaba de sair, que na altura ela “nem sabia comer de faca e garfo”. E de facto há tempos, numa aula de geografia, nem soube localizar Berlim num mapa, acabando por pô-lo na enorme Rússia.
Talvez por isso, os ex-comunistas já estão a voltar ao poder na Alemanha, 25 anos após o Muro, num Estado tão emblemático como a Turíngia, no centro, capital Weimar, ex-RDA, fronteira com a conservadoríssima Baviera.
Em que dará isto na UE? Vamos formar menos universitários para satisfazer Merkell e não comprometer Passos, ou continuamos no que Merkell considera esta fartazana universitária nacional?