Mas os poucos pedaços que restam são poderosas recordações das divisões ideológicas da Guerra Fria.
Pelo Mundo, em mais de 40 países, estão cerca de 120 pedaços do Muro: desde o Reino Unido à África do Sul, passando pelos Estados Unidos da América.
Um deles está à porta da Biblioteca Presidencial Ronald Reagan, na Califórnia. Foi dado ao na altura Presidente norte-americano pela sua “inabalável dedicação ao humanitarismo e liberdade”, que exprimiu em 1987, em Berlim, quando se dirigiu ao último líder soviético: “Sr. Gorbachov, derrube este muro!”.
Outro fragmento está em frente à sede da ONU, em Nova Iorque, com um graffiti de alguém a escalar o Muro numa busca de liberdade.
Na Cidade do Cabo está outra secção deste Muro da Vergonha, perto da Fundação Mandela Rhodes, organização dedicada ao homem que teve papel fundamental no derrube do sistema de apartheid sul-africano e, mais tarde, se tornou o primeiro Presidente negro da África do Sul.
E em Londres, está outro bocado junto do Museu Imperial da Guerra, exortando quem passa a “mudar de vida”.
Além destas grandes peças, centenas de pequenos pedaços do Muro de Berlim estão presentes por todo o Mundo, em colecções públicas e privadas. Muitos foram recolhidos por caçadores de troféus, conhecidos como ‘Mauerspechte’ (‘Pica-paredes’) que estilhaçaram esta barreira de cimento depois da revolução pacífica de 1989, de que este domingo se assinalam 25 anos.
AP/ SOL