De acordo com um comunicado assinado pelo presidente da Associação de Dadores Benévolos de Sangue Póvoa de Santa Iria, a suspensão deveu-se a uma informação do Instituto Português do Sangue e da Transplantação no sentido do adiamento de todas as colheitas na área envolvente do surto de legionella.
No domingo, a colheita de sangue que estava a decorrer na sede da Associação de Dadores Benévolos de Sangue da Póvoa de Santa Iria, foi suspensa como medida de precaução devido ao surto de legionella.
O presidente da Associação, Nuno Caroça, explicou domingo que a suspensão da colheita de sangue foi decidida pelo Instituto Português de Sangue e da Transplantação como medida de precaução.
Esta medida pretende, sobretudo, proteger os dadores, que, para dar sangue, devem estar em perfeito estado de saúde, explicou Nuno Caroça, adiantando que a bactéria legionella não se transmite por via sanguínea.
As autoridades estão ainda a investigar a fonte das 160 infecções por legionella registadas até ao início da noite de domingo, quando foi feito o último balanço oficial, num surto que já causou quatro mortos, atingindo principalmente o concelho de Vila Franca de Xira.
A legionella encontra-se em ambientes aquáticos naturais e também em sistemas artificiais, como redes de abastecimento e distribuição de água, redes prediais de água quente e água fria, ar condicionado e sistemas de arrefecimento (torres de refrigeração, condensadores evaporativos e humidificadores) existentes em edifícios, como hotéis, termas, centros comerciais e hospitais.
A legionella pode ainda existir em fontes ornamentais e tanques recreativos, como jacuzzis.
A infecção transmite-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
Os sintomas incluem febre alta, arrepios, dores de cabeça e dores musculares.
Lusa/SOL