Paulo Macedo falava à agência Lusa no final de uma visita ao hospital de Vila Franca de Xira, onde estão internados muitos dos doentes que contraíram a doença, que está a afectar principalmente pessoas ligadas à região e que até hoje já vitimou cinco pessoas, havendo 233 casos registados.
"Podemos dizer que a questão está circunscrita, e isso é importante", que a legionella não atinge as crianças, "e que temos uma desaceleração dos casos. Mas vamos ter mais casos nos próximos dias, porque estamos a tratar pessoas que ainda têm testes pendentes e que estão a ser tratadas e que podem revelar-se positivas", disse.
A visita, disse o ministro, serviu essencialmente para transmitir o apoio aos profissionais e aos doentes. Aliás, acrescentou, quer o hospital de Vila Franca, quer a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, quer a Direcção-Geral de Saúde e outras entidades envolvidas no problema "têm sabido dar uma resposta efectiva e clara a esta situação".
Além de percorrer várias áreas do hospital e de se inteirar das condições concretas dos doentes infectados com a bactéria, quer na urgência, quer no internamento (cuidados intensivos, intermédios e nas enfermarias), o ministro conheceu também as terapêuticas que estão a ser utilizadas e os seus efeitos, bem como os esforços de contenção que estão a ser feitos por parte da autarquia.
"Neste momento temos como uma probabilidade muito grande de quase circunscrição a esta zona. Quer as situações que foram detectadas em Castelo Branco e noutras partes, e quer um caso no Porto, que já teve alta, estão todas relacionadas com as freguesias de Santa Iria da Azoia, Vialonga e Forte da casa. Os dados que temos neste momento é de que a situação está concentrada nestas três localidades. Não se verifica outros casos noutros concelhos alem dos esporádicos, que acontecem todos os meses e anos", disse Paulo Macedo.
Nas três freguesias o Governo iniciou hoje uma nova fase de esclarecimento, directa, com reuniões com os habitantes, para que as pessoas dissipem todas as dúvidas, disse o ministro à Lusa, notando como muito positivo o facto de, como notam os hospitais, as pessoas estarem a dirigir-se mais rapidamente (aos primeiros sintomas) aos serviços de Saúde.
O surto de legionella já levou à morte de cinco pessoas e há 233 pessoas infectadas, segundo os últimos números.
No hospital de Vila Franca de Xira, que recebeu até agora a maioria dos casos, Paulo Macedo ouviu os responsáveis clínicos dizerem que na quinta-feira da semana passada surgiram muitos casos e que na dúzia de doentes que está nos cuidados intensivos e intermédios "há uma evolução muito favorável na maior parte dos casos".
Lusa/SOL