Com mais de 300 artigos da vida privada daquela que é um dos maiores símbolos da história do cinema, entre fotografias, contratos, receitas, cartas dos seus médicos e até recados telefónicos que lhe deixavam quando estava alojada no Beverly Hills Hotel, os grandes destaques da colecção vão mesmo para as cartas de amor trocadas entre Marilyn e os seus dois últimos maridos, DiMaggio e o dramaturgo Arthur Miller – a diva teve ainda um primeiro casamento com James Dougherty.
Na correspondência endereçada a Miller ficam expostas a fragilidade e a insegurança da actriz: “É duplamente difícil entender como uma pessoa como tu, a mais diferente, o mais belo ser humano, escolheu amar-me”. Antes de morrer por overdose, em 1962, com apenas 36 anos, Marilyn deixou o seu ‘legado privado’ ao seu mentor Lee Strasberg, o mítico professor de interpretação.
Agora, o dono do leilão, Darren Julien, acredita que a receita sobre as peças rematadas possa ascender a um milhão de dólares. Já o curador, Martin Nolan, que demorou nove meses a reunir esta colecção, conclui: “É comum pensar-se que ela era vulnerável, não amada, que ansiava por amor e necessitava dessa afirmação. Mas ela teve isso. Teve-o com Joe DiMaggio e teve-o com Arthur Miller”.