As estimativas de Augusto Nardes incluem o aumento do custo, de forma alegadamente irregular, das obras no complexo petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e nas refinarias de Abreu e Lima, em Pernambuco (nordeste), Duque de Caxias (Rio de Janeiro) e Getúlio Vargas (Paraná, no sul), além da ruinosa compra de una refinaria na cidade norte-americana de Pasadena, nos EUA.
Durante um almoço com jornalistas, Nardes classificou as irregularidades como "o maior escândalo investigado" pelo Tribunal de Contas brasileiro.
As alegadas irregularidades estão a ser investigadas em processos diferentes pela Procuradoria do Rio de Janeiro e por uma comissão parlamentar.
Cerca de metade daquele montante corresponde às perdas sofridas na compra da refinaria de Pasadena em 2006, processo em que o Tribunal de Contas deu como provado o preço excessivo pago na operação.
A Petrobras comprou metade do capital da refinaria de Pasadena por 360 milhões de dólares à empresa belga Astra Oil, que um ano antes a tinha comprado na íntegra por 42,5 milhões de dólares.
Em Julho, este tribunal determinou o bloqueio dos bens de 11 ex-directores da Petrobras considerados responsáveis pela compra desta refinaria.
Por outro lado, excluiu a responsabilidade da presidente brasileira, Dilma Rousseff, que na época dos acontecimentos integrava a administração da Petrobras enquanto ministra de Minas e Energia.
Lusa/SOL