Justiça portuguesa tão má como timorense

Não me vou pronunciar aqui sobre se há ou não indícios de corrupção de ministros de Timor, porque não o sei, nem me parece importante para o que vou comentar (a expulsão de magistrados internacionais, designadamente portugueses, pelo Governo de Xanana Gusmão). 

Nem sequer pretendo reafirmar o que me parece óbvio, e já foi muito redito: que sendo a Justiça uma actividade de soberania, os magistrados internacionais em Timor deviam limitar-se a formar gente local, em vez de a substituir.

De resto, fica-me esta enorme perplexidade: porque é que a Justiça portuguesa, não funcionando em Portugal, haveria de funcionar satisfatoriamente em Timor – para onde ainda opor cima se mandam jovens inexperientes e em princípio de carreira?