Legionella: Quatro doentes internados no Hospital das Forças Armadas

Três militares e uma familiar de um elemento da GNR estão internados no Hospital das Forças Armadas (HFAR), em Lisboa, infectados com a bactéria legionella, afirmou à Lusa fonte das Forças Armadas.

O porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), Rui Silva, precisou tratar-se de dois militares da Marinha, um do Exército e uma familiar de um agente da GNR, todos residentes na área de Vila Franca de Xira.

A "situação mais complexa" é de um militar, com 49 anos, "sem patologia associada" e que está ligado a um ventilador, nos cuidados intensivos. A mesma fonte referiu que o "prognóstico é reservado, com a situação clínica estável".

Um dos doentes chegou ao HFAR por encaminhamento do hospital de Vila Franca de Xira, enquanto outros três contactaram directamente as instalações hospitalares das Forças Armadas.

Rui Silva indicou que até ao momento o HFAR não recebeu qualquer doente do Serviço Nacional de Saúde, mas a instituição está em "estreita coordenação com a Direcção Geral de Saúde" e disponível, caso seja necessário, para receber infectados com legionella.

A legionella, que provoca pneumonias graves e pode ser mortal, foi detectada na sexta-feira, no concelho de Vila Franca de Xira, tendo provocado já 302 casos de infecção. Estão confirmadas cinco mortes enquanto quatro óbitos estão em investigação.

Num comunicado com a situação actualizada até às 15h00 de quarta-feira, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) fala em nove mortes, explicando que cinco deles morreram de facto devido à legionella e que os outros quatro permanecem em investigação.

Ao início da tarde de quarta-feira, fonte oficial tinha dito à Lusa que sete pessoas já tinham morrido devido ao surto de legionella, número confirmado posteriormente pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

De acordo com o balanço da DGS, dos 302 casos 291 são na Região de Lisboa e Vale do Tejo, três na Região Norte, quatro na Região Centro, dois na Região do Algarve e dois no estrangeiro (Luanda, Angola, e Lima, Peru).

A doença do legionário, provocada pela bactéria "Legionella pneumophila", contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

Lusa/SOL