Ministra da Justiça mais entalada pelo Citius

A ministra da Justiça, com o seu conhecido e nefasto voluntarismo, reconheceu ainda assim não haver motivos para acusar os anteriores responsáveis pelo site muito falhado da Justiça, o Citius (os funcionários da PJ Hugo Tavares e Paulo Queirós, que estavam em comissão de serviço no Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, e…

Como se imaginava, o processo lá foi arquivado pelo Ministério Público, sem dar à ministra os bodes expiatórios pretendidos – e lá ficou em evidência a responsabilidade principal dela (como reafirmou já o seu ex-chefe de Gabinete, e se apurou agora que também outras pessoas), e o perigo de haver ministros tão voluntaristas, que pretendem esconder-se na falta de responsabilidade por soluções técnicas que eles mandaram avançar sem estarem em condições.

Muito voluntaristas foram de início os 2 ministras do CDS, Mota Soares e Assunção Cristas, mas tudo indica que Portas os travou a tempo (e lá vão agora sobrevivendo, na sua imensa falta de importância, ele presidindo acriticamente ao desfazer da Segurança Social).

Repare-se que um vogal do conselho directivo do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça seria o primeiro a declarar, no inquérito-crime sobre o bloqueio do Citius, ser “improvável que tenha havido qualquer sabotagem informática”.

Continuamos à espera de que a ministra consiga tirar as suas conclusões (mas é mais voluntarista que lúcida, e confunde irresponsabilidade politica com incompetências para avaliar soluções técnicas).