Como se imaginava, o processo lá foi arquivado pelo Ministério Público, sem dar à ministra os bodes expiatórios pretendidos – e lá ficou em evidência a responsabilidade principal dela (como reafirmou já o seu ex-chefe de Gabinete, e se apurou agora que também outras pessoas), e o perigo de haver ministros tão voluntaristas, que pretendem esconder-se na falta de responsabilidade por soluções técnicas que eles mandaram avançar sem estarem em condições.
Muito voluntaristas foram de início os 2 ministras do CDS, Mota Soares e Assunção Cristas, mas tudo indica que Portas os travou a tempo (e lá vão agora sobrevivendo, na sua imensa falta de importância, ele presidindo acriticamente ao desfazer da Segurança Social).
Repare-se que um vogal do conselho directivo do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça seria o primeiro a declarar, no inquérito-crime sobre o bloqueio do Citius, ser “improvável que tenha havido qualquer sabotagem informática”.
Continuamos à espera de que a ministra consiga tirar as suas conclusões (mas é mais voluntarista que lúcida, e confunde irresponsabilidade politica com incompetências para avaliar soluções técnicas).