SOL
Francisco George
O director-geral da Saúde já se tornou uma presença familiar dos portugueses sempre que o país enfrenta problemas de maior gravidade na área da Saúde. Uma presença respeitada e credível, como se constatou agora, uma vez mais, com o preocupante surto de legionella surgido em V.F. Xira. Ele e o ministro da Saúde, Paulo Macedo, merecem ser destacados não só pela sua comunicação constante, quase hora a hora, evitando alarmismos (dispensava-se era o aparecimento de pára-quedas do ministro do Ambiente no final como que a querer ficar com os louros), mas também pela eficiência e rapidez com que os serviços de Saúde limitaram a amplitude e os efeitos do surto.
SOMBRA
António Costa
Não está a ser feliz esta sua ante-estreia na liderança do PS. Em Lisboa, deu péssimos exemplos para o país ao deixar atrasar o Orçamento 10 dias e ao dar o flanco à oposição com as ‘taxas e taxinhas’. E a sua moção de estratégia no PS parece a continuidade soft da política despesista de Sócrates, sem ideias mobilizadoras ou novas causas para o centro-esquerda. Por agora, parece oferecer apenas mais do mesmo – o que não é um começo auspicioso.
Paula Teixeira da Cruz
Foi uma semana negra para a ministra da Justiça. O inquérito do MP ao colapso do Citius acabou por apontar para a incompetência dos responsáveis do IGFEJ (e continua a não haver demissões?!…) e não para qualquer fantasiosa sabotagem. Quis, ainda, dar o monopólio das escutas telefónicas à PJ e viu-se obrigada a recuar. Como se não bastasse, o escândalo dos vistos gold atingiu em cheio o seu Ministério, com as detenções da sua secretária-geral e do director do Instituto de Registos e Notariado. No meio deste furacão, soube pelo menos reagir bem: «Ninguém está acima da lei, nem que esteja ao meu lado». Um exemplo a seguir.
Jerónimo de Sousa
O editorial do PCP no Avante! sobre «a chamada ‘queda do muro de Berlim’» é um texto anacrónico que recua a um passado infeliz. Quando o mundo celebra a reconquista da liberdade, a reunião das famílias alemãs e o fim de um pesadelo, o PCP fala da «anexação forçada da RDA» e de «uma campanha anticomunista»! É um texto que transpira ressentimentos antigos e rancores ameaçadores. Que devia envergonhar todo o PCP.