O défice de chocolate, ou seja uma menor produção de chocolate comparada ao consumo, tornou-se regra, avança o Washington Post, e a indústria está à espera que este défice aumente de ano para ano.
No ano passado, foram consumidas cerca de 70 mil toneladas de cacau a mais do que foi produzido e as duas empresas alertam que este número pode chegar a um milhão de toneladas, em 2020, e dois milhões, em 2030.
Segundo o jornal norte-americano, o problema está na produção. As secas em países como a Costa do Marfim e o Gana, onde é produzido mais de 70% do cacau, e uma doença fúngica (que afecta a vagem do cacau) levaram a uma diminuição de 30% a 40% nas plantações. Uma situação que levou muitos agricultores a abandonar o cultivo deste fruto.
E como se o cenário não fosse caótico o suficiente, o ‘apetite humano’ por chocolate tem vindo a aumentar, especialmente em relação ao chocolate preto – o que contém mais percentagem de cacau.
Com isto tudo, os preços aumentaram 60% desde 2012 – altura em que se começou a consumir mais cacau – o que levou, consequentemente, a um aumento no preço dos chocolates.
Estão a ser estudadas soluções para este problema mas, até lá, talvez não seja má ideia cortar no chocolate. Que tal começar já este Natal?