"Films of Innocence", realizado por Jefferson Hack, está já em pré-venda no iTunes, na Internet, e é apresentado como "uma colecção de filmes artísticos inspirados em 'Songs of Innocence' [o mais recente álbum] dos U2", que conta com a colaboração de "onze dos mais aclamados artistas urbanos do mundo".
Embora a banda irlandesa não tenha oficialmente anunciado o lançamento, o filme está já em pré-venda e o jornal Público noticia, na edição online, que Vhils foi convidado em Julho para integrar o projeto, que rodou o vídeo do tema "Raised by wolves", em Agosto, em Cacilhas, e que assinou um contrato de sigilo.
É que o novo álbum dos U2, "Songs of Innocence", só saiu em Setembro, em formato digital, numa parceria com a empresa Apple, tendo tido edição física em Outubro.
"Tendo os murais políticos da Irlanda do Norte como referência, os U2 criaram este projecto para celebrar o poder único e democrático da arte urbana", lê-se no texto sobre "Films of Innocence", publicado no iTunes.
Além de Alexandre Farto, cuja obra artística esteve em destaque numa exposição recente, em Lisboa, "Films of Innocence" conta com a participação de Oliver Jeffers, Robin Rhode, D*Face, Mode 2, Chloe Early, Ganzeer, Maser, ROA, DALeast e Todd James.
Aos artistas foi dada "total liberdade criativa para mostrar a forma como interpretam a música dos U2", sustenta o texto de promoção no iTunes, que segue acompanhado de uma imagem na qual se vê a capa do álbum da banda esculpida numa parede e assinada por Vhils.
Ao Público, Vhils afirmou que o contacto para participar neste projecto foi feito através da galeria londrina Lazarides, que o representa.
Alexandre Farto, de 27 anos, começou por pintar paredes com "graffiti" aos 13 anos. Foi a escavar muros com retratos, que o jovem português captou a atenção do mundo. A técnica consiste em criar imagens, em paredes ou murais, através da remoção de camadas de materiais de construção, criando uma imagem em negativo.
Alexandre Farto já mostrou o seu trabalho em vários países, recorrendo a essa técnica da "escavação" de retratos na parede.
A colaboração com os U2 junta-se a outras já feitas antes com os grupos portugueses Buraka Som Sistema e Orelha Negra.
Lusa/SOL