Filósofo Slavoj Zizek recebe medalha das Belas Artes do Porto

O filósofo esloveno Slavoj Zizek vai receber, hoje, a medalha de honra da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e dar uma conferência, na cidade, anunciou a instituição de ensino.

A conferência intitulada "A liberdade de uma escolha forçada" realiza-se às 17h00, no âmbito do projecto internacional "Technical Unconscious". A entrada na palestra é livre, sujeita ao limite de espaço da Aula Magna da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

Nascido em Liubliana, em 1949, Zizek já publicou dezenas de livros, traduzidos em mais de 20 línguas, sobre temas que vão da filosofia ao cinema, passando pela psicanálise, sendo dos mais activos intelectuais de esquerda da actualidade.

O filósofo, que é também director internacional do Instituto de Humanidades de Birkbeck, na Universidade de Londres, foi ainda candidato à presidência da Eslovénia, em 1990.

Zizek acredita que "'os assuntos políticos são demasiado sérios para serem deixados apenas aos políticos', pelo que procura promover o papel do intelectual público, ser intelectualmente activo e dirigir-se ao público em geral", segundo uma biografia do filósofo da Universidade de Londres.

"O trabalho de Slavoj Zizek é influenciado pelas obras de Jacques Lacan, levando a sua teoria em direcção aos temas políticos e filosóficos modernos, descobrindo o potencial para políticas de libertação. Em todos os seus recursos a estes pensadores e correntes de pensamento, ele espera evocar novos potenciais de pensamento e reflexão. Slavoj Zizek apela a um regresso ao espírito do potencial revolucionário de Lenine e Marx", descreve uma nota biográfica da European Graduate School, na Suíça.

Na próxima quinta-feira, estreia-se, nos cinemas portugueses o documentário "O Guia de Ideologia do Depravado", de Zizek, com realização da cineasta britânica Sophie Fiennes.

No filme, estreado em Portugal no âmbito do DocLisboa 2013, o filósofo constrói uma "viagem cinematográfica ao coração da ideologia", para analisar "os sonhos que moldam as nossas crenças e as nossas práticas colectivas", de acordo com a apresentação da obra.

Lusa/SOL