Lucy Resendes, residente em Mississauga, de uma família natural de S. Miguel, Açores, já "joga" na lotaria daquele centro "há alguns anos", e ainda "nervosa", em declarações aos jornalistas, afirmou que continua a não acreditar que venceu aquele prémio.
"Ainda não acredito. Estava no trabalho, uma colega perguntou-me se tinha jogado naquela lotaria, e respondi-lhe que sim, e ela então disse-me que tinha sido a vencedora pois tinha visto na televisão", começou por afirmar bastante emocionada.
A nova proprietária daquela mansão localizada em Oakville, na Grande Área de Toronto, diz que "adquiriu os bilhetes apenas para ajudar o hospital", e já por uma vez tinha vencido um pequeno prémio, mas agora "não acredita", pois parece um sonho, algo de muito "lindo".
Além da habitação, com uma dimensão de 220m2, mobilada, decorada, e ajardinada, Lucy Resendes terá também uma ajuda no primeiro ano para a taxa de contribuição autárquica com o apoio de 25 mil dólares, valor estipulado para o custo anual daquele imposto.
No entanto, apesar do elevado valor de taxas anuais, a luso-descendente diz que "pensa morar" na mansão.
O Centro de Pesquisa do Cancro da Princess Margaret de Toronto é considerado um dos cinco maiores hospitais do mundo na pesquisa da luta contra o cancro, recebendo todos os anos mais de 17 mil novos pacientes.
"Com a compra do bilhete, estamos a chegar mais perto da medicina que pode combater o cancro", escreve a Fundação do Centro de Pesquisa Contra o Cancro Princess Margaret no seu site, exemplificando: "Um novo medicamento foi testado em 100 pacientes com cancro no pulmão, e que pode ser eficaz, mas apenas 30 doentes reagiram positivamente ao tratamento, daí que o desafio seja apurar as diferenças existentes", é importante o apoio de todos para financiar a investigação.
Segundo os responsáveis já foram angariados mais de 500 milhões de dólares (358 ME), existindo agora o objectivo de atingirem o número de mil milhões de dólares em cinco anos na campanha.
Lusa/SOL