Portugueses compram mais máquinas de lavar e tablets, mas descartam máquinas fotográficas

O mercado português de produtos tecnológicos facturou 617 milhões de euros em todos os segmentos entre Julho e Setembro deste ano, mais 11% do que em igual período de 2013.

Sozinho, o sector das telecomunicações somou 159 milhões em vendas, ou seja, mais 30% do que no terceiro trimestre do ano passado. Por isso, é o mais dinâmico e o que mais contribui para a evolução positiva do mercado da electrónica.

“As telecomunicações continuam a ser um dos motores do crescimento, seguidas dos pequenos electrodomésticos. A fotografia é, de todas as áreas, a que apresenta piores resultados. Nota ainda para o abrandamento na electrónica de consumo, após a campanha positiva do Mundial de Futebol”, evidencia o índice GfK TEMAX, que analisa este mercado, através da recolha de dados junto dos retalhistas.

Depois de as televisões terem tido “o seu momento forte” com o campeonato no Brasil, nos meses seguintes os preços caíram, castigando a evolução deste mercado em valor.

Já a área da Fotografia vive o “colapso anunciado”, sobretudo devido à massificação dos telemóveis que cumprem as mesmas funções.

De acordo com a análise no segmento da informática, que representa 149 milhões de euros (+7%), os tablets “são produtos estrela” do terceiro trimestre.

Quantos aos grandes electrodomésticos, as vendas “voltaram a acelerar no terceiro trimestre, fechando com mais 8% da facturação do que no terceiro trimestre de 2013”. Os secadores de roupa registaram subidas nas vendas a rondar os 50%.

Do lado dos pequenos domésticos, entre os best sellers estão os produtos ligados ao cuidado do cabelo – cujas vendas subiram 20% – bem como torradeiras e chaleiras eléctricas.

“Mesmo as máquinas de café, que continuam no vermelho, caíram apenas 2% comparando com os 19% do primeiro trimestre, e são o único produto em terreno negativo do cabaz analisado”, revela a GfK.

Ao contrário, os robots de cozinha estão a contribuir para o crescimento do mercado, ainda que a tendência deva esbater-se no final do ano porque se dilui a chegada de novos aparelhos ao mercado face a 2013.

ana.serafim@sol.pt