A 9 de Novembro, a Terra Peregrin – Participações SGPS anunciou o lançamento de uma oferta pública geral e voluntária sobre a Portugal Telecom SGPS (PT SGPS), oferecendo mais de 1,21 mil milhões de euros pela totalidade das acções da empresa portuguesa, ao preço de 1,35 euros por acção.
De acordo com a mesma fonte, a Terra Peregrin "vai notificar a AdC da sua intenção de compra da PT SGPS", apesar de a "oferente considerar que a sua participação, embora relevante, é minoritária e não é de controlo".
Ou seja, a eventual compra da PT SGPS permitirá que Isabel dos Santos passe a deter uma posição de 25% da operadora brasileira Oi, a qual detém a PT Portugal, que está a ser alvo de duas ofertas de compra.
A PT Portugal, que no mercado português fornece serviços como Meo e Sapo, é concorrente da NOS, operadora que resultou da fusão entre a Zon e a Optimus e onde a ZOPT detém 50,1% do seu capital.
Por sua vez, a ZOPT é controlada em 50% por Isabel dos Santos, com a outra metade nas mãos da Sonaecom.
Actualmente, a PT SGPS detém 25% da Oi e a dívida de quase 900 milhões da Rioforte, do Grupo Espírito Santo (GES), enquanto a operadora brasileira tem uma participação de cerca de 10% da empresa portuguesa.
Desde Maio, no âmbito do processo de combinação de negócios entre a PT SGPS e a Oi, esta última passou a integrar a PT Portugal.
Até 01 de Dezembro, a Terra Peregrin vai pedir o registo da oferta sobre a PT SGPS na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Entretanto, na sexta-feira, os fundos Apax Partners e Bain Capital deverão apresentar uma proposta final para a compra da PT Portugal, depois de já terem escolhido um sindicato bancário composto pelo Barclays, Bank of America Merrill Lynch e UBS para liderar a operação.
A 12 de Novembro, a Oi anunciou que os fundos tinham oferecido 7.075 milhões de euros pela PT Portugal, uma oferta 50 milhões de euros acima da proposta do grupo francês Altice (7.025 milhões de euros).
Lusa/SOL