A operação "Global Airport Action" realizou-se em 80 aeroportos e foi coordenada a partir das sedes do Serviço Europeu de Polícia (Europol) em Haia, da Interpol em Singapura e da Ameripol em Bogotá.
De Manila e Londres, equipas de polícias detiveram nas filas de embarque ou à chegada suspeitos de terem utilizado cartões de crédito ilegais para comprar bilhetes de avião, disse à agência France Presse o director da Europol, Rob Wainwright, sublinhando as dificuldades relacionadas com a rapidez das transacções e o seu enorme número.
Para a indústria da aviação, trata-se de "fraudes no valor de mil milhões de dólares por ano geridas por redes criminosas", afirmou Wainwright.
Nos escritórios da Europol, especialistas de empresas que emitem cartões de crédito, nomeadamente Visa, Mastercard e American Express, e de companhias aéreas colaboraram com a polícia.
Entre os que foram detidos, numerosos eram também procurados por outros crimes.
"Em muitos casos, a fraude de cartão de crédito está ligada a outros crimes como o tráfico de seres humanos para exploração sexual, a imigração ilegal, o tráfico de drogas", disse à AFP um investigador policial que não quis ser identificado.
O director da Europol afirmou que a operação, que durou dois dias, foi de uma escala sem precedentes e exigiu quatro meses de preparação.
"É um exemplo fantástico de colaboração entre a polícia e o privado para proteger o consumidor", disse Rob Wainwright.
Lusa/SOL