A experiência, que comparou dois conjuntos de famílias, um com crianças que padecem de desordens do autismo e outro com crianças que não sofrem deste problema, mostrou que os rapazes e raparigas cujas mães viviam em zonas de maior concentração de poluição atmosférica tinham uma incidência maior de autismo.
O estudo ainda não pode ser apresentado como totalmente conclusivo, advertem os cientistas. Mas outros, no passado, já estabeleciam a relação entre o autismo e alguns dos compostos químicos agora nomeados, principalmente o estireno. “Temos encontrado algumas consistências entre os estudos, o que me parece importante”, disse Evelyn Talbott, da Universidade de Pittsburgh, à revista Forbes. “Isso prova que a poluição é uma causa directa? Não. Mas acho que devíamos analisar os resultados melhor”. O problema desta experiência, avisam outros especialistas citados por aquela revista norte-americana, é a falta de uma medição individual da exposição aos químicos poluentes.
De qualquer modo, o Center for Disease Control and Prevention (centro para o controlo e prevenção de doenças dos EUA) já tinha publicado um outro estudo em Setembro, a alertar para o facto de as doenças do espectro autista terem aumentado 30% em apenas dois anos entre as crianças, especialmente as que habitam em centros urbanos.