A PSP do Porto vai leiloar terça e quarta-feira 200 armas de fogo, a primeira iniciativa do género no Norte, tratando-se de pistolas, revólveres, espingardas e carabinas, quer armas de defesa, quer de colecção, cujas receitas reverterão para os Serviços Sociais da Polícia de Segurança Pública.
O leilão decorrerá por meio de licitação verbal com entrega à melhor oferta, segundo disse ao SOL um oficial superior da PSP. O intendente Pedro Moura, do Departamento de Armas e Explosivos (DAE) da PSP revelou que “para este leilão a PSP seleccionou um total de 200 armas em perfeito estado de funcionamento e em boas condições de manutenção”. Os preços base de licitação das armas são na média de 100 euros, mas há peças ligeiramente mais caras e outras até um pouco mais baratas.
“Por uma questão de segurança e transparência, será efectuada uma verificação sumária no âmbito dos limites de detenção”, especialmente as pistolas e os revólveres, entre as quais as ditas armas ditos de calibre de defesa. As “armas de defesa” são as únicas que podem ser adquiridas por cidadãos que justifiquem desde logo a sua necessidade face a preocupações com a defesa pessoal e com a propriedade.
Questionado sobre o destino que possam ter tais armas de fogo depois de adquiridas por cidadãos, o intendente Pedro Moura, começou por salientar que “o controlo é absoluto e só são admitidas a leilão as pessoas que reúnam todos os requisitos indispensáveis para o efeito”. As peças puderam ser vistas previamente pelos interessados durante a semana passada na sede do Comando Metropolitano da PSP do Porto, no Largo 1º de Dezembro (no edifício do antigo Aljube), perto da Praça da Batalha. Será a primeira vez que se realizará um leilão de armas, na região do Norte, a cargo da PSP, que só realizava essas iniciativas em Lisboa.
O mesmo oficial superior da Polícia de Segurança Pública salientou que “só poderão participar neste leilão cidadãos legalmente isentos de licença de uso e porte de arma, titulares de licença de uso e de porte de arma adequada à classe das peças em leilão, armeiros detentores dos alvarás específicos em consonância com a classe das peça no leilão, titulares de licença de coleccionador e as associações de coleccionadores com museu”.
