Ministério da Cultura, Ministério da Protecção Ambiental, Dongfeng (automóveis), Sinopec (energia e petróleo), China Southern Airlines (aviação), Corporação Chinesa de Construção Naval, China Radio International, China Unicom (telecomunicações), China Shipping Company (logística), China Huadian Corporation (energia), Grupo Shenhua (minas e energia), Federação Chinesa de Indústria e Comércio e Associação Chinesa para a Ciência e Tecnologia China. São estas as empresas, algumas de grande peso nos sectores onde operam, que estão a ser investigadas desde segunda-feira, prevendo-se que a inspecção demore um mês.
Desde que assumiu a presidência, em 2012, Xi Jinping definiu a corrupção como o seu grande alvo e dezenas de empresas e instituições públicas, dos mais variados quadrantes, foram já investigadas. No último ano foram despromovidos, detidos e até condenados centenas de quadros do Governo e gestores de empresas, de vários níveis da hierarquia empresarial e política.
No mês passado, dia 17, foram também divulgados os resultados provisórios de uma grande operação internacional de captura de fugitivos da China, que terão desviado milhares de milhões de euros. Tinham sido capturados 288 chineses até esse dia, espalhados por 56 países, alguns dos quais sem acordos de extradição com a China, como os Estados Unidos, o Canadá ou a Austrália.
Na operação, apelidada de ‘Caça à Raposa’, 126 dos detidos entregaram-se voluntariamente para evitarem a detenção forçada e conseguirem atenuantes no julgamento posterior. O Governo chinês deu até 1 de Dezembro para todos os fugitivos se entregarem.
emanuel.costa@sol.pt