No entanto, ressalvou, "para que esses projectos avancem", é necessário que esteja reunido "um conjunto de circunstâncias", designadamente financiamentos a custos adequados, uma base de capital que suporte os investimento e, destacou, "confiança", sendo que a indispensável confiança para investir "depende de Portugal, mas também da evolução da zona euro".
"O que quis dizer não é que Portugal não vai beneficiar dessa alavancagem, mas também beneficiará indiretamente" de projetos noutros Estados-membros, designadamente transnacionais, pois, para um país "geograficamente na periferia" como é o caso de Portugal, tudo o que signifique uma maior integração é positivo, defendeu.
O plano de investimentos apresentado na semana passada no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, por Juncker tem como suporte um novo fundo de investimento – designado Fundo Europeu de Investimento Estratégico, que deverá estar operacional até Junho – dotado de 21 mil milhões de euros, sendo 16 mil milhões de euros de garantias do orçamento da União Europeia (a partir dos programas já existentes 'Interligar Europa' e 'Horizonte 2020', gerido pelo comissário Carlos Moedas) e 5 mil milhões de euros de dinheiro do Banco Europeu de Investimento (BEI).
A partir daqui, a Comissão acredita que serão atraídos investidores privados para co-financiarem os projectos, pelo que por cada euro de dinheiro de garantia pública estima que serão mobilizados 15 euros, mobilizando no total 315 mil milhões de euros entre fundos públicos e, sobretudo, privados.
A Comissão vai abrir o capital do fundo a eventuais interessados, como os Estados-membros ou fundos de investimento internacionais, como fundos soberanos ou 'hedge funds'.
Lusa/SOL