Em comunicado, o CGI explica que "a razão primeira e central [da proposta de destituição apresentada ao accionista Estado] é a débil qualidade do projecto estratégico para a RTP, por duas vezes apresentado" pela administração liderada por Alberto da Ponte.
O órgão supervisor salienta que a questão da não comunicação da proposta de compra dos direitos de transmissão da 'Champions' apenas conta "em parte" para a sua decisão.
O CGI, liderado por António Feijó, reitera ainda que a administração da RTP deveria ter comunicado ao órgão a proposta da 'Champions' e classificou de inadmissível ter tido conhecimento da mesma pela imprensa.
O regulador dos media, ERC, deu razão à administração da RTP na quinta-feira, considerando que esta não tinha de comunicar a proposta para a compra dos direitos televisivos da Liga dos Campeões de futebol, o CGI reitera a sua posição.
"O CGI entende que o Conselho de Administração da RTP lhe devia ter 'comunicado' que formalizara em 10 de Novembro uma proposta de aquisição de direitos à UEFA. O CGI considera inadmissível ter sabido da proposta pela imprensa a 20 de Novembro", refere.
Adianta que "'comunicar' significa 'dar a conhecer' e que é esta decerto a actividade normal na relação entre o Conselho de Administração e o órgão de supervisão e fiscalização de qualquer “empresa".
Lusa/SOL