Universidade de Aveiro transforma a fruta numa folha

O ponto de partida era simples e elucidativo: cerca de 30% da fruta produzida por cá não é comercializável por ser ‘feia’ e não corresponder a dimensões e forma adequadas para figurar numa mercearia ou num escaparate de supermercado. Ou seja, 30% da fruta é desperdiçada. 

Para tentar resolver o problema, um grupo de três alunos e quatro professores do departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro levou uma ideia não menos simples a um concurso interno daquele estabelecimento. E levou a palma: decidiram triturar, desidratar e, em alguns casos, adicionar outros suplementos a essa fruta ‘mal-amada’ para obter uma película que pode ser vendida em folhas A5. 

Mas o produto final não parece obra de um laboratório de química e a fruta não ganha um aspecto insólito ou desagradável. Bem pelo contrário, já que – e aqui entra a experiência do grupo, já que o trabalho foi feito para a licenciatura em Design – a ideia é comercializar as películas de fruta em embalagens sofisticadas e desenhadas para entrar num mercado exigente, o do gourmet. 

O grupo procura agora empresas com as quais possa estabelecer parcerias para produzir e comercializar o projecto.

ricardo.nabais@sol.pt