A ilha enfrenta há duas semanas uma erupção vulcânica que tem vindo a agravar-se e a causar numerosos danos.
"A situação em Cabo Verde teve um ligeiro agravamento", afirmou o comandante nacional, José Manuel Moura, precisando que as autoridades daquele país pediram ajuda ao mecanismo europeu de que Portugal faz parte.
A situação tem estado a ser acompanhada por Portugal no âmbito das Nações Unidas e da União Europeia. A equipa que está no terreno emitiu um pedido para o envio de ambulâncias, uma vez que há "uma escassez muito grande" deste tipo de meios no território, precisou a mesma fonte.
"Fizemos uma ronda pelos nossos corpos de bombeiros e houve uma grande adesão para podermos fazer essa entrega", contou o comandante.
Foram seleccionadas duas ambulâncias que seguirão na terça-feira num avião da Força Aérea Portuguesa. A partida está prevista para o meio-dia da Base Aérea do Montijo, ainda sujeita a confirmação, indicou.
"Para já seguem as duas ambulâncias, embora possa ir mais algum equipamento, nomeadamente alguns consumíveis em termos médicos", avançou o responsável pela Autoridade Nacional de Protecção Civil.
Há outros equipamentos que foram solicitados aos estados membros, como chuveiros e tendas, que poderão ser também enviados para Cabo Verde para reforçar a ajuda já enviada num primeiro momento, referiu.
"Estamos a fazer um acompanhamento muito rigoroso e a tentar colaborar dentro de tudo o que é possível à Autoridade Nacional de Protecção Civil, que está a coordenar todo o processo", declarou.
Na terça-feira, "pensamos ter as duas ambulâncias já entregues no final do dia", estimou o comandante.
A erupção vulcânica que assola a ilha cabo-verdiana do Fogo "está para durar", mas os técnicos da Protecção Civil estão "preparados para os piores cenários", afirmou hoje a ministra da Administração Interna de Cabo Verde.
Citada pela Inforpress, Marisa Morais falava numa conferência de imprensa em Cova Figueira, localidade no sudeste da ilha do Fogo, na presença dos três presidentes das câmaras municipais locais – São Filipe, Mosteiros e Santa Catarina – e de responsáveis da Protecção Civil.
Marisa Morais, que se encontra desde quarta-feira na ilha do Fogo, insistiu na questão da imprevisibilidade da actividade vulcânica, indicando desconhecer-se se já se atingiu o pico da actividade eruptiva.
Lusa/SOL