A prisão "está à partida sobrelotada", porque, actualmente, tem 49 detidos, "mais do que devia ter", disse o dirigente do SPP/PSP António Ramos, referindo, no entanto, não saber ao certo qual a capacidade máxima das instalações.
O responsável falava aos jornalistas à porta do Estabelecimento Prisional de Évora, onde, hoje de manhã, dirigentes do sindicato fizeram uma sessão de esclarecimento e recolheram queixas dos detidos.
No encontro, segundo António Ramos, "estiveram praticamente todos" os detidos daquele estabelecimento prisional, excepto o ex-primeiro-ministro José Sócrates, que "não assistiu à palestra".
A recusa de saídas precárias a quem já cumpriu um quarto da pena, o sistema de telefonemas para o exterior, a inexistência de assistente social e acompanhamento psicológico e a falta de formação profissional foram algumas questões colocadas pelos presos, adiantou o dirigente do SPP/PSP.
Outro dos problemas apontados pelo responsável tem a ver com a avaria de uma máquina que faz com que os detidos tenham de "lavar a roupa à mão e secá-la nas janelas das celas".
António Ramos assinalou que existe "uma grande abertura e compreensão para os problemas" por parte da direcção do estabelecimento prisional, e que algumas queixas anteriores "já foram resolvidas e outras estão pendentes".
Outros problemas que ultrapassam a competência do director da prisão de Évora vão seguir, num relatório, para o director-geral de Reinserção e Serviços Prisionais e para a ministra da Justiça, indicou.
O dirigente sindical acrescentou que, durante a tarde de hoje, a comitiva do SPP/PSP vai regressar à prisão de Évora para entregar bolos-rei aos detidos.
Lusa/SOL