Detida pelo grupo espanhol VIPS, que tem a licença da marca norte-americana para a Península Ibérica, a Starbucks chegou ao mercado nacional em 2008. Até 2010 abriu sete lojas na Grande Lisboa e a estratégia passava por crescer quatro a cinco lojas por ano.
Mas a companhia acabou por travar o ritmo de aberturas devido à crise e à reestruturação da casa-mãe em Espanha. Em 2013 licenciou apenas um ponto de venda no aeroporto da Portela, com investimento de terceiros.
O nono espaço na capital portuguesa foi inaugurado na semana passada, no El Corte Inglés. E marca o retomar da expansão da Starbucks em território português, que deverá acelerar em 2015.
“Estamos muito concentrados em abrir mais lojas. Abriremos mais do que uma no próximo ano. O grupo está completamente interessado e acredita na marca em Portugal, portanto vamos continuar a crescer”, assegura ao SOL o director de operações, Luís Rocha Mello.
Recusando detalhar este plano de investimento, assegura que “em Lisboa ainda há muitas oportunidades, mas também fora. É evidente que queremos ir para o Porto, Braga, Algarve e ilhas”.
A preferência deverá recair em lojas de rua e não tanto em shoppings. Mas poderá haver excepções. Tirando partido da parceria ibérica com o El Corte Inglés em Espanha – quatro destes espaços comerciais têm cafetarias Starbucks – o director de operações indica que entrar nos armazéns daquela cadeia em Gaia “é uma hipótese”. Franquiar também pode ser opção.
“Abriremos seguramente em Lisboa e estudaremos outras possibilidades fora de Lisboa. Há uma nova vontade para abrir”, confirma o director-geral da Starbucks para Portugal e Espanha, Álvaro Salafranca. E frisa que os resultados dos espaços no país têm sido “espectaculares”.
Ambos os responsáveis reconhecem que a crise trouxe dificuldades. Houve ainda a subida do IVA em 2012. Mas a 'explosão' do turismo em Lisboa puxou pelos números. E 2014 será de recordes, embora o grupo não divulgue dados financeiros.
“Aumentámos as vendas de ano para ano. E 2014, em termos de rentabilidade e de resultados da empresa, vai ser o melhor ano desde que abrimos em Portugal. É um mercado completamente apetecível”, frisa Rocha Mello.
Já o lançamento de máquinas de café domésticas em Portugal foi adiado. Numa entrevista ao SOL em Agosto de 2013, o director de operações indicava que estes aparelhos poderiam chegar em 2014. Mas tal não aconteceu. E agora afirma que as prioridades mudaram. “Vamos ter as máquinas, mas não vão chegar num futuro próximo”.