As declarações públicos de John Brennan surgiram após a divulgação do relatório do comité de Serviços Secretos do Senado norte-americano sobre a tortura praticada pela agência após os ataques terroristas ocorridos em Nova Iorque, em 2001. Após a publicação do mesmo, os cidadãos norte-americanos insurgiram-se perante os factos apresentados e exigiram explicações não só aos serviços secretos, mas também ao governo dos EUA.
Brennan disse que houve “muitas coisas bem feitas” após o 11 de Setembro, referindo-se aos agentes que realizavam os interrogatórios como “patriotas”. Ao contrário de Obama, Brennan recusou-se a descrever os processos utilizados – waterboarding, enclausuramento em espaços demasiado pequenos, privação de sono, entre outros – como métodos de tortura, explica o New York Times.
“O programa de detenções e interrogatórios produziu informação útil”, elogiou Brenna. No entanto, o director da CIA reconheceu que não é possível estabelecer uma relação explícita entre o recurso à tortura e as informações recolhidas.
Recorde-se que o programa de interrogatórios agressivos foi encerrado em 2007 (por ordem de Barack Obama) e que os casos de tortura referidos no relatório ocorreram entre 2002 e 2007. No entanto, Brennan referiu hoje que “caberá a quem faz a política” a reactivação do programa, dando a entender que o futuro presidente dos EUA poderá reverte a ordem de Obama e voltar a aceitar os métodos de tortura.
Barack Obama ainda não se pronunciou sobre o assunto.