Detectada legionella em Castro Verde

A Sociedade Mineira de Neves-Corvo (Somincor), em Castro Verde, encerrou os acessos a alguns dos seus balneários por ter sido detectada a presença de colónias de ‘legionella’ naqueles espaços, revelou hoje a empresa.

"No decorrer de análises realizadas à qualidade das águas nos balneários e nas torres de refrigeração na área industrial de Neves-Corvo foi detectada a presença de colónias de 'legionella' nas amostras colhidas nos balneários junto à lavaria de zinco", refere o comunicado da sociedade mineira enviado para a agência Lusa.

O resultado das análises foi conhecido na sexta-feira à tarde, tendo a empresa decidido encerrar o acesso àqueles balneários.

A empresa informou "de imediato" a autoridade regional de saúde e "tem vindo a informar pessoalmente os utilizadores [dos balneários] a cada passagem de turno".

Segundo o 'site' da sociedade, a mina tem actualmente duas lavarias – a de zinco e a de cobre -, mas só foram encontradas colónias de 'legionella' na primeira.

"As análises aos restantes balneários e torres de refrigeração obtiveram resultados negativos" e a estação de tratamento de água potável continua a funcionar normalmente, refere a Somincor.

A empresa diz que, por enquanto, não existem casos de doença a registar, mas está a recomendar todos os utentes do balneário que informem os seus médicos caso tenham sintomas como tosse, calafrios, dificuldades respiratórias, dores musculares, febre alta ou sintomas gastrointestinais como diarreia e vómitos.

"Foram ainda efectuadas diligências no sentido de contactar uma empresa especializada para proceder à desinfecção desse mesmo balneário", de acordo com informações avançadas pela empresa.

Entretanto, foi hoje revelado que as análises realizadas na sexta-feira à presença de colónias de 'legionella' na torre de arrefecimento de uma unidade fabril em Sines deram resultados negativos.

De acordo com um comunicado conjunto da Câmara de Sines e da Autoridade de Saúde do Alentejo Litoral, não foram registados casos de doença e a empresa pode retomar a actividade.

A 'legionella', ou doença do legionário, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) pela bactéria, de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

Lusa/SOL