Pescas: Assunção Cristas satisfeita com ‘melhor resultado de sempre’

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, manifestou-se satisfeita com o desfecho das negociações sobre as possibilidades de pesca para 2015, afirmando que o aumento de 18% das quotas representa “o melhor resultado de sempre”.

Pescas: Assunção Cristas satisfeita com ‘melhor resultado de sempre’

"[Ontem], tivemos um resultado absolutamente excepcional e histórico para o nosso país", afirmou Assunção Cristas em Bruxelas, à saída do Conselho de Pescas, no qual a União Europeia fechou o acordo sobre as capturas para 2015 e repartição de quotas pelos Estados-membros.

"Tivemos um aumento das nossas quotas em 18%. Este é o melhor resultado de sempre desde que há um sistema de quotas, e, portanto, eu não podia estar mais contente por Portugal e pelos nossos pescadores", declarou a ministra da Agricultura e do Mar,

Lembrando que esta foi a sua quarta ronda negocial desde que assumiu a tutela, Cristas sublinhou que, "somados os quatro anos", todos eles com aumentos de quotas, Portugal alcançou neste período (2012-2015) "um aumento de 46%", equivalente a "mais 32 mil toneladas de quota de peixe" neste período.

Relativamente às negociações para 2015, assegurou que Portugal teve "ganho de causa" nos quatro pedidos que tinha sobre a mesa, destacando como "talvez o resultado mais excepcional deste Conselho" o país ter conseguido "pôr fim a dez anos de redução de quotas no lagostim", espécie na qual garantiu um aumento de quota de 15% (de 166 toneladas em 2014, para 191 toneladas no próximo ano).

A ministra destacou também o "aumento relevante do carapau", de 67%, que permite deixar de importar cerca de 16 milhões de euros, segundo estimou, e na captura de tamboril (14%) e raias (classificou igualmente como "histórica" a manutenção da quota).

Entre as espécies nas quais Portugal registou perdas de quotas, destacou ainda assim o que considerou de vitórias, ao apontar que, apesar de haver uma diminuição nas capturas de pescada (de 15%), porque está em curso um plano de recuperação, Portugal assegurou um mecanismo que permite ganhar o equivalente a "mais 46 dias de mar".

Segundo disse, isso permitirá aos pescadores portugueses pescarem tudo a que o país tem direito, o que não aconteceu por exemplo em 2014.

Quanto à redução da quota de bacalhau, disse que a diminuição para 2015, de 3%, foi "mínima", e que ao longo dos últimos quatro anos houve uma subida de 30%.

"Eu creio que podemos estar satisfeitos, que os nossos pescadores podem estar satisfeitos", concluiu.

Lusa/SOL