A Nestlé criou, em 2014, 256 oportunidades de trabalho jovem, no âmbito das iniciativas "Nestlé Emprego Jovem" e "Aliança para a Juventude", ultrapassando metade da meta proposta até 2016 (500 em Portugal e 20 mil na Europa).
O responsável pela Nestlé em Portugal falava durante a visita da eurodeputada Sofia Ribeiro (Aliança Portugal) à fábrica da Nestlé em Avanca, enquanto relatora do PPE na análise pelo Parlamento Europeu do Plano Anual de Crescimento para 2015.
"Anunciámos em 2013 que até 2016 iríamos proporcionar 500 oportunidades de trabalho para jovens com menos de 30 anos. Isso está a acontecer e em 2014 vamos atingir 256 oportunidades de trabalho para jovens, mais de metade do nosso objetivo, pelo que vamos ultrapassar o objectivo das 500 vagas e prolongar o programa para além dos três anos", anunciou Jacques Reber.
Segundo o responsável da Nestlé em Portugal, o compromisso da empresa não foi o de integrar esses jovens no quadro, mas sim de os ajudar a "escrever a primeira linha do seu currículo, a primeira página da sua vida laboral", para melhorar a empregabilidade dos jovens.
Em todo o caso, alguns já ingressaram na empresa e na fábrica de Avanca e há mesmo exemplos de jovens a quem foram atribuídas responsabilidades de chefia, referiu.
"Este projecto criou uma nova dinâmica interna em toda a organização da Nestlé e é muito saudável para a organização a capacidade de alavancar a experiência de pessoas que têm dezenas de anos de trabalho na empresa e integrar jovens com novas ideias. É assim que vamos continuar a ser competitivos no nosso mercado", comentou.
A eurodeputada Sofia Ribeiro justificou a sua deslocação a Avanca para se inteirar como estão a ser executados os apoios europeus à criação de oportunidades de trabalho para os jovens.
"Quando estamos ao nível da União Europeia a discutir esses programas e como é que o Plano Juncker pode potenciar a criação do emprego na Europa, temos de saber como é que essas políticas se operacionalizam, se são viáveis e exequíveis. Foi isso que vim aqui fazer", disse.
Em causa está o plano de investimentos da nova Comissão Europeia, com uma área dedicada exclusivamente à inovação e ao emprego, que está a ser analisado pelo Parlamento Europeu.
"Não podemos considerar o emprego sem considerar o crescimento, o investimento e a inovação, e só com esses três pilares é possível criar emprego. O desemprego, e em especial o desemprego jovem, é um flagelo da União Europeia e em Portugal continuamos com uma taxa de 32,2% no terceiro trimestre de 2014. É preciso criar uma estratégia de combate a este flagelo e para isso temos de definir parcerias", referiu.
Para a eurodeputada, as oportunidades de trabalho criadas pela Nestlé ao abrigo dos programas europeus "são fundamentais" e uma demonstração das parcerias que é necessário estabelecer para combater o desemprego jovem.
Lusa/SOL