Segundo a agência de informação financeira Bloomberg, a Nissan e a Renault, além terem suspendido as encomendas de alguns modelos para a Rússia, informaram que não baixarão os preços dos veículos, mesmo que o rublo continue a depreciar-se.
O construtor automóvel Nissan-Renault anunciou, entretanto, que planeia aumentar a produção no Japão e impulsionar as exportações a partir deste país, aproveitando o facto de o iene estar mais fraco.
Estas declarações foram feitas pelo presidente-executivo da Nissan, Carlos Ghosen, numa conferência de imprensa na sede do grupo, em Yokohama, no Japão.
A Nissan-Renault está mais exposta às alterações do mercado russo, onde o rublo já caiu quase 50% este ano, do que qualquer outra construtora automóvel, depois de ter passado a controlar a OAO AvtoVAZ, o fabricante dos carros Lada, em Junho deste ano.
Actualmente, o grupo controla entre 33% a 35% do mercado automóvel russo, quota que prevê que venha aumentar para 40% até 2016, salientou Ghosn, citado pela agência Bloomberg.
"Este objectivo, no entanto, está a ser ameaçado pela queda nas vendas este ano", lembrou o gestor, adiantando que "quando o rublo afunda é um banho de sangue para todos".
"As pessoas estão a perder dinheiro e todos os fabricantes do sector automóvel também estão a perder dinheiro", salientou Ghosn.
A Nissan produz 70% dos automóveis que são vendidos na Rússia e tem como meta aumentar este valor para 90% até 2016.
Lusa/SOL