De acordo com o relatório "Portugal — Infecção VIH, SIDA e Tuberculose", foram notificados no ano passado 2.195 novos casos, o que representa uma taxa de incidência de 21,1/100.000 habitantes.
Cerca de 38% dos doentes com tuberculose tinham 'comorbilidades' reconhecidas como de risco para tuberculose, sendo a mais significativa a infecção por VIH (14,5%).
A proporção de doentes com tuberculose e doença oncológica, com diabetes ou patologia inflamatória articular tem aumentado nos últimos anos.
O documento indica ainda que perto de 30% dos doentes tinha factores de risco sociais, entre os quais o consumo de álcool e o consumo de drogas ilícitas.
Dos 1.114 casos com tuberculose confirmada e tratamento terminado, 931 tiveram sucesso terapêutico, o que representa uma taxa de sucesso de 83,6%.
Em contrapartida, 32 interromperam o tratamento (2,9%) e 113 morreram no decorrer do tratamento para tuberculose (10,1%).
A Direcção-Geral da Saúde recomenda a identificação e correção das barreiras ao diagnóstico célere da tuberculose e a definição de protocolos com vista ao rastreio e detecção precoce nos grupos de maior risco.
Lusa/SOL