Esta posição consta de um comunicado assinado pelo Secretariado da Comissão de Trabalhadores da empresa, intitulado "a RTP precisa de descanso e precisa de futuro", e que foi enviado à agência Lusa ao princípio da madrugada.
Na terça-feira, ao final da tarde, o Conselho de Administração da RTP, liderado por Alberto da Ponte, mostrou-se disponível para apresentar a renúncia aos cargos desde que seja assegurado "o respeito pelo bom trabalho por si colegialmente e individualmente realizado" nos seus mandatos.
Horas depois, a Comissão de Trabalhadores da RTP, em comunicado, salientou que já passaram três semanas desde que o Conselho Geral Independente (CGI) propôs a destituição do Conselho de Administração da empresa.
"Não é possível continuar num impasse que tem custos com os quais ninguém parece importar-se e sabemos quem está sempre na primeira linha para pagar este tipo de facturas. Chegou por isso o momento de dizer basta", afirmam os representantes dos trabalhadores.
Para a Comissão de Trabalhadores, "para que a RTP tenha algum descanso e para que tenha futuro, não pode repetir-se a situação dos últimos três anos de rumo errático em que o poder político lançou a empresa, nem pode repetir-se um Conselho de Administração que desrespeita permanentemente os trabalhadores da empresa e que a desmantelou, abdicando da experiência e saber que a própria empresa criou durante décadas".
"A próxima Administração da RTP tem que ter prestígio no meio rádio e televisão para que possa ter autoridade sem ter necessidade de ser autoritária e para que possa ser líder de um projecto que nos orgulhe a todos e que sirva o país", lê-se ainda no comunicado.
Lusa/SOL