As cinco torres de refrigeração da fábrica de Alverca foram encerradas por precaução a 9 de Novembro e assim continuaram depois de ter sido confirmado que foi de uma das torres que a legionella se propagou pelo ar. Mas mesmo com a produção parada, os 200 trabalhadores continuam a apresentar-se diariamente ao serviço por turnos, “fazendo trabalho administrativo e acompanhando as operações de limpeza”, adiantou ao SOL um trabalhador .
A empresa tem recorrido a empresas externas para fazer as limpezas e está a tomar medidas que lhe permitam ser autorizada a voltar a produzir. “A ADP está a fazer tudo para poder voltar a funcionar”, garante fonte oficial da empresa, que, na sequência do surto, foi sujeita a diversas vistorias da Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.
O SOL sabe que dos três trabalhadores da ADP infectados com legionella – duas funcionárias administrativas e um operador de segurança – uma mulher já voltou ao serviço. Os outros dois ainda estão em casa, com baixa médica.
A empresa, que desde há cinco anos pertence à espanhola Fertiberia, também ainda não foi notificada para prestar declarações no inquérito aberto pelo Departamento de Investigação e acção Penal (DIAP) da Comarca de Lisboa Norte-Vila/Franca de Xira, que há um mês está a investigar se houve crime ambiental na dispersão da bactéria.