Foi portanto sem qualquer assombração que provei, em Cidrô, os vinhos da outra quinta, a dos Aciprestes, cuja cota muito baixa e junto ao rio abre caminho a néctares potentes, sedutores e aromáticos. O Quinta dos Aciprestes 2011 é exemplo disto: apesar de ser um vinho de entrada de gama, mostrou todos aqueles atributos e ainda um bom ataque na boca, estrutura e complexidade. Um vinho guloso.
O Quinta dos Aciprestes Reserva 2012 apresentou-se floral, muito cítrico, elegante e fresco. É certo que na boca se exibe com mais acidez do que o normal, mas a equilibrá-lo tem a doçura destes vinhos junto ao rio e com maturações profundas.
Passamos depois para o Grande Reserva 2012 e entramos na expressão máxima da quinta. É um vinho muito aromático, com perfil exuberante e estrutura e que só é produzido em anos de excepção. O anterior remonta à colheita de 2007.
Por último, uma novidade: o Quinta dos Aciprestes Sousão Grande Reserva 2011. O enólogo Jorge Moreira já o tinha tentado fazer, mas agora o objectivo foi alcançado. O curioso é que não tem a habitual acidez excessiva da casta Sousão nem as suas características rústicas e herbáceas. É diferente dos outros que até agora bebi: tem taninos macios e mostra-se muito licoroso.
Todos eles são propostas muito interessantes para a época das festas, ainda que o Reserva, o Grande Reserva e o Sousão possam esperar mais um bocadinho em garrafa.