A árvore era abrigo de vários morcegos-da-fruta, o animal que é o hospedeiro do Ébola e o transmite a outros animais, como macacos ou antílopes, cuja carne, consumida por seres humanos naquelas paragens, transmite-lhes a doença.
O pequeno Émile morreu em Dezembro de 2013 e a epidemia começou em Março deste ano, em circunstâncias ainda por apurar. Depois da morte da criança, a árvore incendiou-se, libertando a colónia de morcegos, que depois foram consumidos pela população local. Por outro lado, as amostras destes animais recolhidas pela equipa de cientistas não mostravam sinais da doença. Mas o grupo sabia da existência de morcegos contaminados no local.
A localização de Meliandou é outro ponto a favor desta tese: conta apenas 31 casas – somou 14 pacientes de Ébola até agora – erguidas bem no interior da floresta guineense, num local onde este país se cruza com as fronteiras da Libéria e da Serra Leoa.