Mesmo assim, deu-me prazer vê-lo ganhar as eleições internas do PSD. Só por ser o anti-Jardim que como tal ser apresentou. E que obviamente muito ganhou com a oposição histericamente declarada contra ele por Alberto João Jardim. E o seu elitismo, mesmo democraticamente, pode ser mais progressista do que o populismo de Jardim (embora a amizade pessoal com Passos, também mais populista, embora anti-povo, não augure nada de bom).
Duvido que qualquer sucessor de Jardim, com o terreno minado de dívidas estratosféricas deixadas por este, possa ter êxito.
O único êxito pode ser vermos finalmente Jardim talvez preso e processado – já que o Ministério Público tem por costume só perseguir gente depois de deixar o Poder. Porque um homem que, como ele, tratou sem a menor consideração o dinheiro dos contribuintes madeirenses, continentais e europeus, dispondo dele a seu bel-prazer, e criando uma dívida regional monumental, não pode ser honesto. E se nos lembrarmos como era expedito a acusar nos tribunais qualquer pessoa que o incomodasse publicamente, ao mesmo tempo que aproveitava a sua imunidade institucional para se furtar a qualquer processo, não consigo considerá-lo inocente de nada. De resto, como se explica que em democracia alguém queira ficar tantos anos seguidos no Poder, sem conseguir nunca a promoção nacional?
Para já – viva o fim do jardinismo!