150 professores portugueses vão ser enviados para Timor-Leste

O protocolo assinado hoje entre Portugal e Timor-Leste na área da educação prevê o envio de 150 professores portugueses integrados no projecto dos centros de aprendizagem e formação escolar, abrangendo mais de 3.500 alunos timorenses.

O protocolo assinado hoje em Lisboa pelo ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, e pelo homólogo timorense, Bendito dos Santos Freitas, vai fazer aumentar para 300 o número total de professores portugueses em Timor-Leste, nas várias áreas. 

"Em 2015 estamos a falar em 150 professores. Nós já temos cerca de uma centena de professores na Escola Portuguesa. Em 2015 teremos estes 150 professores nestes centros de aprendizagem e temos ainda outras formas de cooperação: tanto na universidade como na formação de professores por via do Instituto Camões", sublinhou Nuno Crato, após a assinatura do protocolo no Ministério da Educação, em Lisboa.

Segundo o Ministério da Educação e Ciência, com o acordo, é reforçada a vertente de formação de docentes timorenses, estando previstas várias modalidades de apoio à formação: períodos de estágio integrado na formação inicial, períodos de formação complementar – após conclusão da formação inicial -, bem como acções de capacitação pontuais em matéria de formação de professores e de quadros da administração e gestão escolar timorenses.

Segundo o Ministério da Educação e Ciência, em 2011 e 2012, o projecto das "Escolas de Referência de Timor-Leste" sofreu um "impulso significativo". 

As 11 escolas encontram-se actualmente sediadas em 11 capitais de distrito – Bacau, Same, Maliana, Oecusse, Ermera, Aileu, Liquiça, Lospalos, Suai, Dili e Manatauto — e abrangem mais de 3.500 alunos timorenses.

O projecto prevê agora a abertura, durante o presente ano lectivo, de novas escolas em Viqueque e Ainaro fazendo com que todos os distritos do país fiquem dotados de centros de aprendizagem e formação escolar.  

De acordo com Nuno Crato, os professores portugueses manifestam "grande interesse" em cooperar com Timor-Leste porque, afirmou, a experiência é muito enriquecedora, estando já em curso o processo de recrutamento.

"É outro ambiente, são outros jovens, são outras escolas, são outras condições, é outro clima, é outra cultura mas ao mesmo tempo uma cultura muito perto da nossa", disse Crato, referindo-se ao interesse dos docentes portugueses na cooperação em Timor-Leste.

Lusa/SOL