Estalinistas de sempre e Justiça à medida

“…O estalinismo nunca morre nos antigos estalinistas”. Eis uma frase de Paulo Portas, na sua famosa mensagem de Ano Bom, que parece mais dirigida ao PSD (Durão Barroso) e à nova Direita radical (José Manuel Fernandes), com os seus estalinistas conhecidos e declarados, do que à Oposição. Como as suas palavras (extraordinariamente subscritas pelo Presidente…

E as críticas de Cavaco ao populismo? Qual é o único partido que até foi buscar o ‘popular’ para o nome, atirando para trás das costas a democracia-cristã, mais as suas preocupações sociais (o ministro dos Assuntos Sociais até é do CDS/PP).

Para já não falar no discurso de Portas, radiante com o arquivamento em Portugal do caso dos submarinos (que, para sua satisfação, ficou apenas com condenados na Alemanha por terem corrompido portugueses, num caso que a Justiça de cá preferiu arquivar, sem absolver nem acusar ninguém, aparentemente por causa de prazos e trabalho de investigação).

Enfim, as mensagens do Fim do Ano dão para tiradas maquiavélicas de quem as aprecia. Mas a melhor de todas, a que os portugueses podem bem avaliar, e logo qualificar nas próximas eleições, é a de que o ano 2014 foi fantástico, desde a saída de cá da troika tão amada por Passos. E 2015, apesar das medidas tão eleitoralistas, vai começar da melhor maneira no Parlamento, com o chumbo da reposição dos feriados, proposta pela Oposição.