Em causa está o recente inquérito aberto pelo Ministério Público sobre suspeitas de participação económica em negócio e burla qualificada por parte da PT SGPS, despoletado por uma queixa da CMVM.
O investimento na Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo, está na base da investigação. A PT investiu quase 900 milhões de euros em papel comercial. Aplicação que não chegou a ser reembolsada, tendo obrigado à revisão das condições da fusão entre a PT e a brasileira Oi.
A PwC foi a consultora escolhida pela PT SGPS para realizar uma auditoria independente para tentar encontrar os culpados do ruinoso investimento. Para tal, a consultora estava a analisar a pente fino as movimentações financeiras em empresas do GES desde 2000.
A aplicação foi assinada pelo ex-presidente da PT SGPS, Henrique Granadeiro, e pelo administrador financeiro Pacheco de Melo. Mas o relatório final da PwC, que já foi entregue à administração da PT SGPS, aponta também outros nomes entre os culpados da aplicação.
Troca de emails, relatórios e outros documentos foram requisitados e analisados durante esta manhã pela PJ, numa acção que está a ser desenvolvida em conjunto com o regulador do mercado (CMVM) e a Autoridade Tributária.