Feitas as apresentações, passemos aos néctares com o lançamento das novas colheitas da gama Adega de Borba sob a supervisão do enólogo Óscar Gato. O cenário da prova prometia: restaurante Feitoria, em Lisboa, com o menu elaborado pelo chef João Rodrigues.
A primeira novidade foi o Premium Rosé 2013, um vinho que vem conquistando cada vez mais apreciadores. Com aroma a frutos silvestres, ligeiro floral e notas tostadas picantes revelou-se um óptimo aperitivo.
Podendo também cumprir as honras de dar as boas vindas aos pratos que se seguem, provámos o Premium Branco 2013, evidenciando notas de frutos cítricos e flor de laranjeira. Untuoso, revela frutos tropicais, tornando-o também indicado para acompanhar saladas, mariscos e peixe.
Mais gastronómico, chegou-nos aos copos o Rótulo de Cortiça Reserva Branco 2013, fresco, equilibrado e com estrutura. Aroma a frutos tropicais e baunilha, revela um longo final de boca. As suas melhores companhias no prato são os mariscos grelhados e os peixes assados. Pode ser guardado até 6 anos.
Deixámos para trás os brancos que animaram o nosso palato e entrámos nos tintos com o Premium 2012 a revelar uma boa escolha preço/qualidade. Com uvas seleccionadas nas mais antigas vinhas da região de Borba, chegou-se a um aroma a revelar frutos vermelhos maduros e a um sabor que mistura frutos pretos, café e chocolate. Com boa estrutura é um vinho muito interessante e bate-se bem com um cozido à portuguesa, um borrego assado, caça ou queijos tradicionais. Pode guardá-lo até 5 anos.
Chegamos finalmente ao Grande Reserva Tinto 2011. Ano de colheita fantástica (diz-se que é a melhor dos últimos 50 anos), tem uma boa intensidade aromática conjugada com frescura, taninos fortes e um final persistente e muito elegante. O porco preto e a vitela alentejana casam bem com ele. No que se refere a guarda, aconselhamos alguma paciência para o guardar até 15 anos e aí deliciar-se com um néctar dos deuses.
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