Hollande falava hoje no Ministério do Interior, onde foi acompanhar a operação policial em curso em Dammartin-en-Goële, ba região de Seine-et-Marne, nos arredores de Paris, onde a polícia cercou dois suspeitos do ataque à redação do jornal satírico Charlie Hebdo, que fez 12 mortos e vários feridos graves.
"A França está em choque, sobretudo porque os autores deste acto ainda não estão detidos. As operações estão em curso", declarou.
Depois de falar sobre a participação de França na coligação internacional para travar o grupo autodenominado Estado Islâmico e na intervenção militar de França no Mali, o presidente francês declarou ainda: "Há também ameaças a partir do interior. Sabemos há meses que havia tentativas, desmantelámos várias. Houve muitos atentados que conseguimos travar e há outros que podem acontecer".
O chefe de Estado francês anunciou que vai haver uma reunião de ministros do Interior no próximo domingo, sublinhando a manifestação da "solidariedade internacional".
Hollande acrescentou que pretende "garantir a segurança das manifestações que têm acontecido", incluindo a marcha do próximo domingo.
Cerca das 8:40 horas de hoje (07:40 horas em Lisboa), os dois suspeitos levaram, através da força, um veículo, um Peugeot 206, a uma mulher na localidade Montagny-Sainte-Félicité, no departamento de Oise, que os identificou como os irmãos Kouachi. (Acompanhe aqui o desenvolvimento da operação)
Lusa/SOL
Ponto de situação:
1 – Terror em França: suspeitos barricados e com um refém
2 – Tiroteio em Paris: Sequestrador exige libertação dos irmãos Kouachi
3 – TGV evacuado após ameaça de terrorismo
4 – Morte de mulher polícia relacionada com atentado ao Charlie
5 – Hollande diz que país "será capaz de resistir a todas as provas"
6 – Paris: 'Tenho um filho de 7 anos na escola e nem sei se o posso ir buscar à noite'