Uma simples etiqueta com o ‘ADN’ da marca em questão torna impossível a cópia fraudulenta ou mesmo a duplicação do produto à venda. Newton Gomes e Francisco Coelho, biólogos da UA responsáveis pelo desenvolvimento destas etiquetas moleculares, dizem, num comunicado da instituição, que esta tecnologia “pode ser aplicada em qualquer produto para fazer prova da respectiva autenticidade” e que “os códigos podem ser aplicados em qualquer superfície e inseridos em qualquer produto, desde uma obra de arte, a uma peça de roupa ou a um telemóvel, e constituem etiquetas moleculares únicas, de fácil e barata produção e, ao contrário de todos os métodos utilizados actualmente pelos mercados para identificar e autenticar produtos, impossíveis de falsificar”.
Para evitar a falsificação, pode ser recolhida uma pequena amostra do ADN de qualquer produto que tenha esta tecnologia incorporada. Basta usar um cotonete e enviar a amostra para um laboratório, onde facilmente se comprova a autenticidade do produto. E se alguém lhe copiar a sequência de ADN? Os códigos desenvolvidos na UA já estão devidamente patenteados, respondem os investigadores.
“O aumento de produtos contrafeitos e falsificados nas cadeias de distribuição nunca como agora representou uma ameaça tão importante”, lembra Newton Gomes no referido comunicado. “Estima-se que causem prejuízos na ordem dos 1.7 biliões de dólares em 2015”, antecipa. Por outro lado, esta tecnologia pode ajudar ao combate a uma “cada vez maior perfeição nos produtos falsificados, existindo mesmo alguns casos em que nem o próprio fabricante consegue distinguir o produto que fabrica do produto falsificado”.