Santana Lopes
Como há muito se adivinhava, vai mesmo avançar com uma candidatura presidencial, lá para Abril ou Maio. Tem a virtude de ser politicamente corajoso, seguir as suas convicções e clarificar as posições em jogo. Com a sua antecipação do calendário presidencial, inibe à partida eventuais candidaturas como a de Rui Rio e atrapalha outras como a de Marcelo Rebelo de Sousa. Mas corre o risco de passar três ou quatro meses sozinho em cena, sem quaisquer apoios de vulto (políticos, empresariais ou académicos), apenas com os Ruis Gomes da Silva do costume, em constante desgaste de imagem. A simples hipótese de poder chegar a Belém faz reviver um cenário de pesadelo: o do seu Governo há dez anos. Mas nem isso o faz vacilar.
SOMBRA
José Sócrates
Como se viu pela entrevista à TVI, vai fazer tudo para se colocar no papel de preso político e não, como é o caso, de preso de delito comum. Mas há dois buracos negros fatais na sua 'narrativa'. O primeiro é a tese inverosímil que agora professa de que a Justiça democrática do Estado português se transformou repentinamente numa máquina arbitrária e sem controlo que o persegue sem razão. Ninguém acredita nisso. O segundo é ter um amigo ímpar, quase de outro planeta, que lhe entrega milhares, milhões de euros a fundo perdido. Só ele acreditará nessa fantasia, crente de que mentiras muitas vezes repetidas podem passar por verdades.
José Eduardo
Fez uma triste figura na lamentável novela que levou o presidente do Sporting a recuar na tentativa, autoritária e irrazoável, de afastar o treinador Marco Silva. Apareceu como capataz às ordens do presidente e incendiário de serviço, com insultos e calúnias de baixo nível. Uma vergonha para os sportinguistas.