“A Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais desmente que o recluso utilize telefones que não estejam disponíveis aos restantes reclusos, tanto no quotidiano como em situações urgentes e excepcionais”, disse ao SOL fonte oficial do gabinete de Rui Sá Gomes, garantindo que “os regulamentos são aplicados de igual modo a todos os reclusos”.
O jornal Público tinha avançado que o ex-primeiro-ministro estava a usar o gabinete do director adjunto do estabelecimento para fazer telefonemas, citando o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional.
“A tensão está a aumentar na cadeia e receamos que os restantes reclusos passem das palavras aos actos”, disse Jorge Alves, sublinhando que o “tratamento desigual” em relação aos restantes reclusos estende-se também ao número de visitas, aos dias estabelecidos para as mesmas e até à permissão do uso de botas de cano alto.
Segundo o Regulamento Geral dos Estabelecimentos Prisionais, cada recluso só pode usar as cabines telefónicas uma vez por dia, para um telefonema com a duração máxima de cinco minutos.