Falando à margem da apresentação da nova plataforma informática do consulado-geral de Portugal em Macau, que permite a marcação electrónica de datas para renovação de documentos com alertas por mensagens para telemóveis, José Cesário não avançou datas, mas frisou ser esse o caminho.
"Esse é um dos objectivos que temos para daqui a uns anos, que para se concretizar obedece a um conjunto de requisitos técnicos, mas também de segurança", explicou o governante português.
"Aqui há uns anos tive o objectivo de começar a emitir documentos de identificação fora de Portugal, há 12 anos não havia. Começámos a fazê-lo e conseguimos fazê-lo numa altura em que muita gente dizia que não era possível", exemplificou.
Para José Cesário, daqui a uns anos, "não muitos, haverá alguém que vai desenvolver mais essa acção e essa medida em prol dos portugueses", os de dentro e os de fora.
Já sobre a plataforma de marcação do consulado em Macau e Hong Kong, o Secretário de Estado salientou a inovação da mensagem enviada pelo sistema, quer para confirmar marcações, quer para alertar os utentes do fim da validade dos documentos, e disse que se trata de mais um serviço que torna mais eficiente o contacto e a relação entre a representação diplomática e os seus utentes.
Numa apresentação comparativa, José Cesário destacou também o aumento do volume de trabalho consular em Macau, dizendo que no primeiro semestre de 2011 tinham sido emitidos 2.616 passaportes, número que no mesmo período de 2014 aumentou para 6.456.
Com 168.000 cidadãos inscritos, a maioria dos quais de etnia chinesa, o consulado de Macau e Hong Kong é uma das maiores representações de Portugal no exterior.
Quanto à abertura de um consulado em Cantão, capital da província chinesa de Guangdong, adjacente a Macau e Hong Kong, José Cesário reafirmou que a decisão política "está tomada e anunciada" e manifestou o desejo que todo o processo esteja concluído ao longo de 2015.
Sobre o encontros que já manteve em Macau, quer com entidades oficiais, quer com associações representativas da comunidade local, o Secretário de Estado destacou a abertura dos novos elementos do Governo de Macau em estreitarem as relações com Portugal e defendeu que cabe agora ao consulado, ao Instituto Português do Oriente (para as questões da cultura e da língua) e à AICEP (para as questões económicas) aproveitar essa janela de abertura e procurarem capitalizar acções concretas de cooperação.
Lusa/SOL