O grupo, dono de 18 unidades hospitalares em todo o País e que se chama agora Luz Saúde, poderá ter um conselho consultivo. O conselho de administração será substituído.
O objecto social, a alteração da firma da sociedade e a consequente alteração dos estatutos da sociedade constituem os três primeiros pontos da ordem de trabalhos. A marca Espírito Santo Saúde termina oficialmente dia 9 de Fevereiro e o novo nome, Luz Saúde, assume a insígnia da maior unidade do grupo, o Hospital da Luz em Lisboa.
Face à renúncia apresentada por membros do conselho de administração, a AG irá eleger novos administradores para o conselho de administração e deliberar sobre a redução do número efectivo de membros no mandato em curso. O conselho de administração, presidido por Diogo de Lucena, conta com 16 membros.
No ponto cinco da convocatória lê-se que os accionistas irão “deliberar sobre a apresentação de uma recomendação ao Conselho de Administração no sentido de eleger novos membros para a Comissão Executiva da Sociedade”. Actualmente, a equipa de gestão da Espírito Santo Saúde é presidida por Isabel Vaz. Recorde-se que o conselho de administração deu parecer positivo à oferta da Fidelidade, garantindo “um alinhamento estratégico” com os chineses da Fosun. “A oferente [Fidelidade] reitera a sua confiança no actual conselho de administração da ES Saúde e respectiva equipa de direcção e propõe-se manter, na generalidade, a estratégia empresarial da ESS”.
O ponto seis incide na análise de uma “recomendação ao Conselho de Administração no sentido de criar um Conselho Consultivo com determinadas competências e regras de funcionamento, e propor a designação de membros”, lê-se na convocatória.
Por último, e face à renúncia dos membros da Comissão de Remunerações, serão nomeados novos membros para o mandato em curso.
Os documentos e informações respeitantes à ordem de trabalhos ficarão hoje disponíveis.
Na sequência da Oferta Pública de Aquisição, realizada em Outubro de 2014, a Fidelidade adquiriu as unidades de saúde do Grupo Espírito Santo. No site, a Fidelidade afirma que pretende “garantir a continuidade do projecto, mantendo a sua identidade através de uma marca autónoma”. “Uma marca que preserva os valores do passado e com entusiasmo renovado projectará um futuro ainda mais brilhante.”
A ES Saúde tornou-se a primeira empresa do sector da Saúde cotada na Bolsa de Lisboa em Fevereiro de 2014. Foram colocadas e transaccionadas 495 das acções da ESS. Em Outubro, a seguradora Fidelidade, detida pelos chineses da Fosun, adquiriu 96% das acções da ES Saúde, tornando-se o accionista maioritário. A OPA da Fidelidade deixou para trás os concorrentes da Ángeles, José de Mello Saúde e UnitedHealth. O novo nome do Grupo foi anunciado na altura. Foi considerado um dos negócios do ano.
As acções da ES Saúde estão a cotar nos 3,80 euros.