Sindicato da PT quer desconvocar assembleia-geral

O Sindicato dos Trabalhadores da Portugal Telecom (PT) considera que a empresa não divulgou informação suficiente para que os accionistas possam votar a venda da PT Portugal. E pediu ao presidente da mesa, Menezes Cordeiro, para desconvocar a reunião magna.

A assembleia-geral (AG) está marcada para esta quinta-feira, 22 de Janeiro, após ter sido suspensa no passado dia 12 de Janeiro.

O STPT, em comunicado, considera que os accionistas ainda não têm reunida toda a informação necessária para poder votar na venda à Altice da dona do Meo, nomeadamente quanto ao efeito jurídico e económico da reversão da fusão com a brasileira Oi. E já pediu ao presidente da mesa da AG para avançar com as diligências que considere adequadas para a reunião ser desconvocada.

"A direcção do STPT não tem dúvidas em considerar que não há condições e informação suficiente para os accionistas formarem em plena consciência dos factos decisão tão relevante como é a de decidir a venda da PT Portugal", explica o sindicato no comunicado.

"Falta informação relevante tal como apontara a CMVM e o Presidente da Assembleia Geral nomeadamente quanto ao efeito jurídico e económico da reversão da fusão que permitiria aos accionistas decidirem do projecto de fusão, nas condições que como se sabe já não correspondem ao Memorando de Entendimento inicial entre a Oi e a PT para a criação "de uma grande companhia de telecomunicações lusófona que abrangesse 260 milhões de utilizadores e 100 milhões de clientes" e que integraria a Oi a PT Portugal e os activos de África", acrescenta.

Assim, o STPT, como pequeno accionista, face à informação disponibilizada até ao presente,” tem dúvidas sérias de que haja alguma vantagem para os accionistas da PT SGPS, SA na alienação da PT Portugal”.

Atento o exposto o STPT solicitou ao presidente da AG para que no uso dos poderes que a lei lhe confere desenvolva as diligências que considere adequadas para que seja desconvocada a Assembleia Geral do dia 22 de Janeiro devendo ser marcada uma outra onde, previamente, possa ser discutida a resolução do contrato concluído com a Oi, mas já com todas as informações relevantes disponibilizadas de forma a que os accionistas possam deliberar conscientemente.

sara.ribeiro@sol.pt